quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

dois mil e dez

Acho que dá para resumir: esse foi o ano das lágrimas. Não farei uma retrospectiva, não quero chorar de novo.
Não foram apenas lágrimas tristes, é claro... Mas, sabe, eu não sei muito bem o que ficou, o que me sobra de bom... Pensando bem, eu sei sim. Sempre "sobram" aquelas pessoas de sempre, que estiveram comigo durante tantos momentos necessários -não apenas nesse ano -, e que eu espero que sempre estejam... E fica ainda o meu crescimento, que, apesar de ter sido doloroso - sempre é -, foi importante para eu enxergar tantas coisas no final.
É mesmo difícil ver o lado bom das lágrimas tristes. Muita coisa ruim aconteceu ao mesmo tempo e é isso que acaba sendo guardado no fim das contas.
Acho que meu problema foi a demora para tudo: para superar sentimentos tolos, para buscar coragem e enfrentar obstáculos, para ver quem realmente vale a pena, para ver a realidade de alguns, para saber minhas prioridades... E talvez eu não tenha conseguido aprender muito bem o que era necessário no tempo certo; só agora consigo ver algumas coisas erradas, mas não adianta mais mudar muita coisa. E chorar de novo? Não adianta também.
Bom, sempre passa... Vai passar.
É "mais um fim"... E logo mais vem o recomeço - eu espero.

domingo, 12 de dezembro de 2010

eu nunca vou entender.

Bom, talvez o tempo passe e as coisas mudem, assim como tudo já mudou tanto, não é?... Talvez as coisas fiquem melhor agora, com o tempo.
Mas, ainda assim, eu prefiro voltar. Acho que sempre vou preferir.

Sim, eu só queria voltar no tempo. Quando eu ainda gostava de verde... Digamos que o verde era a tal graça concreta da minha rotina.
Eu finalmente tinha algo real por perto e não percebia que, querendo isso de outra forma, podia perder tudo assim...
É, eu não tinha como saber.

A magia acabou. Se é que um dia ela existiu.


Se o tempo voltasse... E aí, se o tempo parasse
...
Ou
se o tempo voasse agora.
Enfim, como seria?



mas, não importa o tempo que passe, eu nunca vou entender.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

nem mesmo utopia.

"[...]
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?"

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

E algumas vezes te vejo tão parecido comigo... Vejo seus sonhos e sua liberdade querendo se desprender da sua alma fechada, mas a vida que você leva não deixa.
Somos tão diferentes, mas, no fundo, tão iguais... Aquela mesma vontade de voar, os mesmos gostos e prazeres. Você ainda sente o mundo, mas poucas vezes coloca isso acima de sua vida simplória.
Eu não quero que o mesmo aconteça comigo. Vivo nesse dilema, sem saber muito bem por onde ir. Por isso tenho medo. Não quero crescer e sumir... Deixar de "ser". É inevitável que, à medida que o tempo passe, eu perca um pouco - ou muito - da minha idealização sobre a vida, porque eu terei que encará-la de frente - e eu já estou encarando muito dela. Mas o que eu quero é poder sentir tudo mais intensamente, e sempre. Por mais que eu tenha que enfrentar a realidade.
Eu só quero viver de verdade. Sempre.


domingo, 14 de novembro de 2010

verdade.

- Você só ri!
- Eu?!... Por fora.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

então ficamos assim?

sempre acabo com o "se" pairando sobre mim...
e não é culpa minha, na maioria das vezes.

sempre acho que faço de tudo para tentar superar,
mas faço muito pouco.

...

ilusão é o nome, não é?

terça-feira, 2 de novembro de 2010

The end.

"Se a gente não tivesse feito tanta coisa
Se não tivesse dito tanta coisa..."

Isso é o fim de um capítulo. Tudo só está reforçando o que existe há muito tempo e já é tarde demais para mudar. Embora muita coisa tenha melhorado, nada é como já foi antes.

Um dia, quando todos olharem para trás, talvez percebam o quanto perderam.
Já passou da hora de consertar as coisas... Foi tudo tão infantil. Ao menos serviu para evoluirmos nossos sentimentos, pensamentos, nossas ações, de certa forma...
Realmente não adianta mais tentar reverter a situação. É inútil, é mesmo tarde e não é tão necessário, pois está tudo muito mais tranquilo - pelo menos até onde consigo enxergar.
...

A união acabou - ou nunca existiu de verdade e nunca nos demos conta disso. Talvez, no fundo, tenha sido melhor assim mesmo. Apesar da saudade que ainda sinto quando me pego olhando um retrato, ouvindo uma música...
Bom, agora o final de uma fase da vida está cada vez mais perto. Uma fase muito importante para o restante de nossos dias.

Escreverei e guardarei seus nomes em mim, para não esquecê-los com o tempo. Afinal, sei que o meu sentido e/ou direção será diferente dos seus, mas, apesar de qualquer coisa, vocês ainda fazem parte de uma parte da minha vida... E eu quero me lembrar sempre dos meus momentos vividos. Mesmo que nem tudo me faça rir.


Sim, é o fim.
Os caminhos mudam. Mas eu não vou sumir tão cedo.
Estarei em algum lugar por aí...

"Our memories
Well, they can be inviting
But some are altogether
Mighty frightening"

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

novo foco

Eu não sabia para onde ir, por onde ir e por onde começar para conseguir recomeçar. Não conseguia superar isso. Precisava aprender. Precisava vencer.
...

Então eu já venci? É por isso mesmo que tenho me sentido assim?... Assim, quero dizer, sem desgastes profundos, apesar de tão à flor da pele. Eu não me corroo tanto, eu supero. É isso?
Não sei como consegui, não sei qual caminho tomei... Mas achei um lugar certo, uma melhor forma para agir, um melhor modo de ser e estar - pelo menos agora.

Para falar a verdade, nada foi embora, nada sumiu daqui de dentro. Eu apenas aprendi a viver com isso de outro jeito, eu estou conseguindo evoluir depois de todas as coisas que já passaram.
É frustrante ter que achar outra forma de viver algo que você queria tanto. Mas é melhor isso do que ter que enfrentar tantas confusões em torno de coisas tão pequenas. Pode não parecer pequenez por tudo estar envolvido em um sentimento, mas é que, simplesmente, não vale a pena transpor as coisas boas que existem (ou existiam?) e estragá-las. Enfim, estragar tudo ao redor.

É, há também o meu jeito de ser, que tem evoluído. Eu ainda sou preocupada com o que os outros pensam quando eu falo - ou faço - algo que vai atingir alguém de certa forma... Eu ainda sou aquela que pensa muito em tudo que faz, enfim. Eu ainda me preocupo da mesma forma com os problemas em torno de mim, que às vezes não são meus. Mas agora, nesse novo momento, eu não quero mais me envolver tanto, desse jeito. Porque não é a hora certa, não tem me deixado bem e não tem melhorado nada.
Cansei do desgaste. Cansei de como vocês agem em relação aos problemas de vocês... Seus extremos, suas "raivas". Cansei de mim com meus problemas também - não sou muito melhor que ninguém ao agir em relação à eles.
Pois é, cansei.

(Eu sempre canso e nunca sei direito como sair da situação cansativa em que me encontro. Bom, agora parece que achei algum caminho...)

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

"Eu preciso andar um caminho só. Vou buscar alguém, que eu nem sei quem sou."

Eu só não sei que rumo tomar, ainda não sei quem "busco" para mim. O problema é que não depende apenas de mim... E o destino, ou qualquer coisa do tipo, sempre me faz perder as supostas oportunidades.
Talvez se eu tentar me ver primeiro, me achar, saber quem sou... Depois tento encontrar você, ter você.
Quem é você, afinal?

...
"Do que eu preciso é lembrar, me ver

Antes de te ter e de ser teu...
O que eu queria, o que eu fazia, o que mais?

Que alguma coisa a gente tem que amar, mas o quê?
Não sei mais."

sábado, 9 de outubro de 2010

Poucos foram os momentos em que se viu completa; poucas foram as pessoas que proporcionaram a ela esses momentos... Nada foi como antigamente, foi tudo mais intenso, mais exagerado, mais dolorido. Todos os processos, por menores que fossem, corroeram mais, chegaram a destruir praticamente tudo, cada hora um pouco mais. Não houve paz, nem sucesso, ou conquistas, nem mesmo se tratando do aspecto emocional - não existiu paixão de verdade.
Onde foram parar os sorrisos reais? Os mínimos momentos de alegria logo se estragavam quando a realidade aparecia. E ela sempre aparecia, por mais que se tentasse sonhar... Por mais que se tentasse sorrir na maior parte do tempo. E nem mesmo havia a vontade de sorrir. Era impossível esconder, camuflar os olhos tristes...
Onde estão as asas? Como voará?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O nosso amor se transformou em "bom dia".

Se nada tivesse acontecido entre nós... O que estaria acontecendo agora? Eu me pergunto tanto...

Vocês sumiram das minhas prioridades e eu sumi das suas; mas vocês foram embora de vez e eu nunca consegui ir de verdade, mesmo querendo muito. Aliás, vocês nunca estiveram aqui e eu sempre tentei, ao máximo, trazê-las para perto, mas é claro que um dia cansei, e isso todo mundo já sabe.
Hoje já não temos quase nada. Eu entendo que praticamente tudo não passe de superficialidade, e que o resquício de carinho - ou qualquer coisa do tipo - só existe por conta das lembranças... E também existe muito devido ao meu jeito, já que eu nunca as deixei realmente.
Eu consigo entender que não há mais como existir cumplicidade, até mesmo confiança... Eu só não queria ter que me sentir tão só, num lugar onde sou obrigada a estar cada vez mais perto de pessoas que não tenho mais proximidade, e de outras que nunca tive - nem conseguirei ter algum dia.
Não é que eu queira tudo de volta. Não quero o passado... Até porque, de certa forma, prefiro tudo como está. Prefiro saber o que cada um realmente é, sente... Prefiro saber onde cada um quer estar: longe de quem, perto de quem. E sei que hoje só estamos próximas porque é inevitável. Afinal, percebo que preferíamos estar mais distantes. Mas, ainda assim, eu só queria conseguir encontrar um pouco mais de vocês em mim. Pela necessidade da solidão dos meus dias, admito... Mas também pela saudade que eu tenho de quando as coisas ainda faziam algum sentido, de quando a gente ainda fazia algum sentido.

Mas hoje já não temos quase nada.
Já não somos muita coisa.
É triste não ter; muito mais triste é não ser...

sábado, 25 de setembro de 2010

Diz tudo.

I couldn't tell you
Why she felt that way
She felt it everyday
I couldn't help her
I just watched her make
The same mistakes again

What's wrong, what's wrong now?
Too many, too many problems
Don't know where she belongs
Where she belongs...

She wants to go home, but nobody's home
That's where she lies, broken inside
With no place to go, no place to go
To dry her eyes, broken inside

Open your eyes
And look outside
Find the reasons why
You've been rejected
And now you can't find
What you left behind

Be strong, be strong now
Too many, too many problems
Don't know where she belongs
Where she belongs...

(...)

Her feeling she hides
Her dream she can't find
She's losing her mind
She's falling behind
She can't find her place
She's losing her faith
She's falling from grace
She's all over the place


She's lost inside, lost inside.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pés nas nuvens.

- Você devia gostar muito dela... Aliás, ainda gosta, não é?
- Não sei dizer. - ele respondeu.
...
- Sabe, - continuou ele, respirando fundo, como se estivesse tomando coragem - quando estou com você, pareço parar de sentir qualquer tipo de coisa por ela...
- Não quero parecer fria e egoísta, mas não gostaria que você me usasse para deixar de gostar dela, sinceramente.
- Não, não é isso! Não é de propósito... Aconteceu. Eu só sinto isso sem mais, nem menos. Um sentimento diferente vem quando estou junto a você, simplesmente. E eu esqueço de qualquer coisa em relação a ela, sem me forçar a isso.
- Ah, então isso faz muito bem a você. Talvez você nem esteja mais gostando dela exatamente, e sim das lembranças que vocês têm, o que é natural. O sentimento real que você tem agora deve ser mesmo outro, não deve ser mais por ela, pelo que você está dizendo. E quando algo substitui o que sentíamos assim, ainda mais quando isso é espontâneo; é muito bom para o coração e para a alma.
- É bom mesmo se for recíproco...
- Mas é recíproco!...

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

can't stand anymore.

Esteja cada vez mais forte.
Não se solte.
Não há mais sensações em você. Aliás, deve fingir não sentir. Não pode expor mais nada, porque isso é ser forte. Não pode ter ações irracionais.
Pés no chão.
Dizem que a cabeça deve ir em frente, mas você já não consegue. Ela está sempre baixa, tentando achar um caminho... Tentando esconder os olhos, que gritam, que choram. Que se desesperam tanto. Os olhos que desejam fugir, mas não podem. Eles tem que lutar e seguir em frente, por mais que não consigam olhar adiante...
Também não há mais como respirar de verdade. Não dá para ser livre de verdade.
Tem que ser assim e pronto. Você não pode ser você. É injusto ter que viver assim; cada vez mais um rosto triste e abatido... Cada vez mais sem vida. Enfim, na realidade, não se vive.


Ir até o fim... Dói. Cansa. É tentador desistir, mas já estamos aqui. Falta pouco e ainda existe algo que te deixa em pé de alguma forma.
O medo e a insegurança não podem vencer. Ainda há toda a capacidade de antes, ainda existe você em algum lugar, por dentro. Quando vai se encontrar?



E o que acontece no fim? Será um "happily ever after"?

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Leve? Eis a questão.

Você está na parte infantil de mim, a parte que não sabe agir diante das impossibilidades em torno de você... Esse meu lado me comanda tantas vezes e então eu não consigo disfarçar todo o meu descontrole em relação a você. O que quero dizer é que isso me dominou de tal forma que já nem sei se sou os dois lados que pensei ser. Muitas vezes essa parte onde você se encontra toma a outra. E isso me desarma.
Eu desabei.

...

E agora é como se nada tivesse acontecido e eu não sei porque. Mas é muito melhor assim.
Só sei que quando nos sentimos mais fortes quando algo de ruim acontece é mais fácil para superar tudo de forma natural; conseguimos esperar passar o tempo... Ir junto com o tempo.
Não é um momento propício para uma situação desgastante, e ainda bem que a minha tranquilidade e força inesperadas vieram agora... Afinal, eu não preciso me forçar muito para fazer com que eu não fique mal, apenas preciso fazer de tudo para continuar segurando essa vibração leve em relação a tudo isso, e assim manter a minha postura diante do que aconteceu.

Agora é tão mais simples, que, às vezes, até queria que não fosse... Porque parece que não sinto nada do que sentia quando estava desarmada, caída. E, por mais estúpido que isso seja, - afinal, eu deveria estar desejando me livrar disso tudo há muito tempo - me sinto tão vazia assim...
É aquela minha incoerência de parecer apenas completa com minhas ilusões... Sonhar é tão bom e tão ruim ao mesmo tempo...
É, pareço gostar de me sentir mal, me torturando com essa minha personalidade confusa.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

weak.

Quantas vezes repetirei as mesmas coisas para que minha racionalidade absorva e entenda de uma vez por todas? Para que se convença e mude? Para que não continue a se misturar aos sentimentos? Entrará novamente como um sussurro quase inaudível? Ou, mais uma vez, fingirei que tudo foi escutado e entendido, quando, no fim das contas, continuarei aqui, do mesmo jeito?... Você em mim, ainda.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Quando você sente que nada do que você precisava que mudasse está diferente é quando você percebe o quão perdido está.
Sempre achei ridículo perder as esperanças, mas agora entendo como é se sentir assim.

A vida me prendeu em algo apertado, rígido e inflexível demais, e é como se não houvesse mais espaço para mim mesma. Minha alma se prendeu e se perdeu nela mesma.

sábado, 7 de agosto de 2010

Ainda.

Alimentar o que nunca fez sentido. Não é inteligente, e nem é preciso ser, porém seria muito melhor que fosse.
É como se fizesse bem a uma parte incompreensível da alma, do coração, ou de algum lugar desconhecido da mente, quando se sonha... Sim, apenas quando se sonha, porque nunca se chega a algum lugar real. Na verdade, quando sentimentos assim são estimulados, por mais que se saiba dos perigos de se fazer isso, nada fica bem na realidade. Eu sabia disso.
Mas eu não liguei. Eu ainda não ligo.
Eu continuei.

Provavelmente eu nunca aprenderei a parar de sonhar com o que é impossível, eu nunca aprenderei a parar de alimentar minhas ilusões infantis e, enfim, incompreensíveis.

sábado, 31 de julho de 2010

Não estou estranha com quem me vê, estou estranha comigo mesma. Estou tentando me ver de outra forma, eu acho - ou mudar o que sou. É difícil. Por isso não sabemos me reconhecer... Talvez ninguém nunca soube, muito menos eu.


"Me sinto tão estranho aqui, que mal posso me mexer.
No meio dessa confusão, não consigo encontrar ninguém (...)
Tô tentando me encontrar, tô tentando me entender; por que tá tudo assim?"

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Porto.

Estendi a toalha na areia e me sentei a olhar o mar... Sem nenhum rumo certo de pensamentos ou sentimentos, eu só queria sentir. Respirar. Perceber.

Vejo cores mais fortes.
A brisa me domina.
É mais luz, mais vida. Mais vidas.
Muitas vidas que não param. Que nunca param. Que vivem colorido. Elas podem ser.

Onde eu me sinto bem, mais leve, mais eu. Onde eu me encontro um pouco mais.
Onde me sinto livre.

É aqui que vejo um pouco das tantas vidas que sonho em ter... Vejo a maneira que mais gosto de viver: com liberdade.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

eu quero sempre mais.

Eu não queria me sentir tão perdida. Mas não agi a tempo, não sabia o que fazer - ou como fazer - para mudar.
Como no centro de um tornado já ocorrido, é quase impossível se mover, reparar os danos feitos... E a culpa não é só do tornado, também é minha... Nenhum fator externo influencia mais na minha determinação do que eu mesma.
...


Determinação é a palavra-chave. Eu só preciso ir atrás de verdade.

"A minha vida eu preciso mudar, todo dia/(...) Eu procuro acordar e perseguir meus sonhos..."

domingo, 18 de julho de 2010

Eu sinto falta de quando éramos apenas nós, mesmo que parecesse pouco ou que realmente fosse.
Agora, prefiro até ficar só, muitas vezes. Parece ser melhor.
Mas se continuar assim, a falta vai me consumir cada vez mais, a cada vez que eu me pegar na solidão, e tudo vai piorar.



Nunca pensei que ansiaria tanto por meu espaço. Estou, cada vez mais, individualista. E, cada vez mais, tenho alimentado sentimentos ruins pelos que estão ao meu redor, mais próximos... Os que têm se tornado tão nada e tão tudo.

sábado, 10 de julho de 2010

One day I'll fly away

Não vão te ver direito mesmo, então por que se importar se te julgam?
Continue com a máscara e a barreira. O mundo é feito disso.
Ninguém vai se entregar totalmente a você, já que você não se entrega totalmente a ninguém. É normal.
Você não se entrega totalmente à vida. Você não se arrisca para tentar viver de verdade.
Assiste a tantas vidas que gostaria de ter, mas não corre atrás. Só as vê passando.
Sua vida é limitada, impedida pela máscara...



Você não sabe voar.

"I follow the night
Can't stand the light
When will I begin
To live again?

One day I'll fly away
Leave all this to yesterday..."

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Tenho estado cheia de um vazio que me consome. Quando ele se for, serei mais feliz?

A verdade é que, realmente, sou muito romântica, ou tenho estado assim, ultimamente. O triste "enfeita", e parece dar mais vida aos meus textos.
Tristeza não deveria combinar com vida, que antagonismo! Mas parece que as duas coisas têm se encaixado bem, mesmo que eu exagere, algumas vezes.
Mas eu não quero alimentar tanta angústia, eu não quero remoer sofrimento. Eu quero que o vazio vá embora e quero ficar cheia de vida de verdade: vida de sorrisos, e cores e amores!
Eu sei que as dores também existem no meio disso tudo, mas eu quero aprender a esquecê-las, de vez em quando; preciso aprender a ser palhaço de novo, quero cantar e sonhar mais um pouco - sonhar com esperança, vale ressaltar.
Quem sabe o destino não coloque no meu caminho algo que me dê toda essa animação da qual estou precisando, que dê essa vida ao que escrevo. Ou seja, que faça o vazio ir embora, que me deixe mais feliz.

"agora quero a erosão da vida.
explosões, cores, texturas.
cansei da inércia entediante."

Linguagem falha?

alô, quem escuta? ninguém?...
há tantos ao seu redor, mas nenhuma recepção sincera, completa. não há doação, há muito egoísmo.
a mensagem não é passada...
o canal é cortado.
ignoram-te do outro lado da linha.


rejeição.


será que você saberá encarar o resto do egoísmo do mundo, quando você for embora daqui? dará tudo certo?
seja bem vinda à vida real... é isso? te receberão bem?


é bem difícil ser feliz tendo que fazer a ligação e ainda ficar esperando o sinal total e verdadeiro.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

she's lost control.

foco-me em pequenas coisas que deprimem ou alegram, durante longos ou curtos momentos, e acabo esquecendo que tudo, em geral, está um caos. normalmente, os sentimentos em relação a isso estão camuflados, mas quando a sensibilidade está um pouco à flor da pele, tudo vem à tona.
eu não sei como sair completamente dessa confusão. nem tudo depende de mim, nem tudo está ao meu alcance... e o que eu posso fazer, eu não faço. não há determinação em mim, eu nem mesmo finalizo os livros que começo a ler.

talvez com isso eu aprenda algumas coisas que eu estava precisando... mas não era necessário que tudo viesse de vez.
talvez eu esteja exagerando, mais uma vez... muitos sofrem muito mais do que isso. e eu aqui, de novo, reclamando por bobagens.


"(...) But she expressed herself in many different ways
Until she lost control again."
...


"'Cause all of the stars
Are fading away
Just try not to worry
You'll see them some day
Just take what you need
And be on your way
And stop crying your heart out."

quinta-feira, 24 de junho de 2010

momentos bons ainda existem, mas, muitas vezes, me parecem ser apenas ilusão.
nada voltará a ser como antes, por mais que melhore. disso já sabemos.

esperemos amanhã, então. e depois, e depois... e o futuro, enfim.
esperemos para ver como serão as mudanças, esperemos para ver como serão as consequências de tais mudanças.

esperemos, pois não adianta mais agir. não há mais o que forçar, e nem motivo para fazer nada forçado.
que seja tudo natural.

terça-feira, 22 de junho de 2010

"em outras palavras, sou muito romântico."

e por onde eu passava e cantava, as flores brotavam nos olhos que sabiam me enxergar.
hoje já não é assim.
é tudo murcho.
morto.
escuro.

eu, palhaço perdido em mim mesma. feito de mim, desfeito em mim. eu não sei mais alegrar.
--

e eu preciso de algo que me faça crer novamente
eu preciso de alguém que me faça ver mais um pouco
eu preciso de mim mesma de novo. mais forte, mais viva...
mais eu.


*
quando vou começar a falar sobre um dia melhor?
é mais fácil escrever sobre sentimentos ruins, é mais emocionante, mais tocante talvez?... mas minha vida não é só feita disso, como pode parecer algumas vezes.
eu sou a pessoa mais otimista que conheço, eu acho. se é que me conheço mesmo.
bom, eu tenho mementos alegres, eu sei que tenho. e sei que sou feliz também.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

o vento não a deixa ir em frente, ele vai contra ela.
ela não quer tentar encará-lo, de qualquer forma.
...
"A cada passo que eu dou pra frente
Sinto o meu corpo indo pra trás"

terça-feira, 15 de junho de 2010

as feridas não se fecharam.
por mais que eu tenha entendido melhor os dilemas em torno delas, elas permanecem aqui.
não posso fugir de mim mesma - nem quero.

sábado, 12 de junho de 2010

lost inside.

se você parar para pensar bem, nossos caminhos se encontram de forma tão estranha; nossos encontros (e desencontros) sempre parecem ter um propósito. destino, será? nos separamos do nada, os caminhos se cruzam e se descruzam em segundos. cada um para um lado, no fim. ou não... quantos continuarão, de alguma forma, aqui? quantos novos virão? quais caminhos você escolheu? para qual destino suas escolhas vão te levar?
...

faz tempo que escrevi isso, faz tempo que tenho pensado nisso, e agora parece que o destino chegou. aliás, ele já chegou faz tempo; o momento presente só influenciou para que os caminhos tomassem suas direções. mas, desta vez, é como se não tivéssemos escolhas. todas elas já foram feitas, e nem sentimos. não podemos voltar atrás, é só o que sei.
talvez fosse para ser assim mesmo, afinal nunca deu muito certo.

e, de qualquer forma, quanto mais tempestades fazemos, mais sofremos. não aguento mais.
sempre foi assim, nunca nos escutamos muito bem. ninguém nunca enxergou direito o lado do outro, por mais que tenha tentado - eu sempre tentei.
nunca nos resolvemos muito bem.
talvez nem mesmo agora consigamos nos resolver - nem mesmo para o fim. o tal fim onde ficarão só lembranças (boas e ruins, não importa), saudade, dor... amor. qualquer tipo de amor e dor, assim, de mãos dadas.
o conto de fadas terminou, ou está terminando; o "para sempre" realmente sempre acaba, agora vejo.
não consigo mais ter aquela verdade absoluta dentro de mim em relação ao nosso sentimento e isso é triste demais.


o que está acontecendo, afinal? quem vai nos salvar?
e agora? e depois?

...
I gotta scream.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

A letra da música que dá nome ao blog (Cuide bem do seu amor) nunca combinou tanto com um momento meu como agora combina.

A vida sem freio me leva, me arrasta, me cega
no momento em que eu queria ver
o segundo que antecede o beijo
a palavra que destrói o amor
quando tudo ainda estava inteiro
no instante em que desmoronou

Palavras duras em voz de veludo
E tudo muda; adeus, velho mundo
Há um segundo tudo estava em paz.

Cuide bem do seu amor
Seja quem for
(...)
Cuide tudo que for verdadeiro
Deixe tudo que não for passar


(só uma coisa que não sei é como julgar corretamente o que é verdadeiro e o que não é.)

domingo, 6 de junho de 2010

não tente entender o sentido disso

Sorrisos momentâneos de felicidade. Quais segredos eles guardavam?


Quem eu me tornei para mim mesma e para você? Eu mudei, ou não consigo mudar enquanto tudo muda?

Em que espelho ficou perdida a minha face? Onde eu me perdi?

As fotos não dizem tudo. São muitas, são muitos momentos. Mas onde estou eu, de verdade, ali? Estou mesmo em mim?
O que meu sorriso diz?
...

E o seu, o que esconde de mim?

'Cause I feel so mad
I feel so angry
Feel so careless
So lost, confused, again
Feel so cheap
So used, unfaithful!

flash

"o que você andou fazendo durante esse tempo?", ele perguntou.
ela não soube responder (era como se ela não tivesse vivido).
e ela achou que daquela vez viveria. aliás, ela achou que daquela vez os dois viveriam. mas desde aquele primeiro momento tudo estava estranho demais, morto demais. o fim estava lá desde o começo.

eles nunca terão a hora certa, porque eles não sabem fazer acontecer.
simples assim, não há mais o que lamentar. ou nunca houve...

domingo, 30 de maio de 2010

rascunho de mim

às vezes sinto como se eu fosse uma farsa.

eu posso fazer tantas coisas que desejo, mas não faço; fico aqui. estática.
não vivo da forma verdadeira que quero viver. muitas vezes vivo de forma contrária à minha vontade.
por que ser alguém que você não é?... para estar envolvida?

ou será que quem eu penso que sou é apenas alguém que quero ser, sei lá, diferente ou interessante?
eu queria fazer alguma diferença em mim, em alguém, no mundo...

não quero ser assim, mas talvez eu seja só mais um alguém qualquer.
enquanto eu estiver aqui parada, pelo menos.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

"I follow the night, can't stand the light.

(...) When will I begin to live again?"

domingo, 23 de maio de 2010

segunda conclusão dos meus dias frios.

Eu sei que sempre haverá essa barreira entre a minha verdade e a de vocês; a sinceridade do sentimento que temos, ou talvez, que achamos que temos.
Vocês, provavelmente, nunca entenderão, nunca aceitarão minha nova forma de agir - ou de não agir - no nosso relacionamento. Mas essa é só mais uma forma de me sentir melhor e menos inferior, menos ignorada, porque eu estarei me importando somente comigo, finalmente. E é isso que mais vale, no momento.
É, essa não é a minha verdade completa, pode ser que eu esteja nos enganando mais do que deveria. Mas foi a única maneira que encontrei para tentar seguir em frente ao lado de vocês.
Continuo tentando acreditar e ver o melhor em tudo isso; ver o melhor em vocês.
Talvez eu esteja completamente errada ao pensar/sentir essas coisas, mas, no fundo, acredito que não.

Espero que haja alguma verdade entre nós, além das camuflagens inevitáveis das nossas verdades individuais.

primeira conclusão dos meus dias frios.

No fundo, eu escolhi esse sentimento; eu escolhi estar assim. Não quero arrancar isso de mim, embora essa seja uma opção bastante sensata. Mas não quero ser sensata. Não quis antes, quando tudo estava desmoronado! Quero muito menos agora, que já estou me sentindo melhor.

Começo a entender que é mesmo melhor sofrer ao sentir, do que nunca sentir isso, que acaba te completando, de alguma forma... Amor? Não, acho que não. Mas tanto faz.

Um dia passa - a parte ruim e a parte "boa" disso tudo... E aí vem um vazio pior do que essa escuridão que nos faz sofrer tanto? Talvez. Mas acho que vou conseguir passar por mais uma fase fria.


domingo, 16 de maio de 2010

dias frios, parte 6

dias frios servem para serem sentidos e só. desabafos são complexos demais. precisava encontrar uma forma para tentar torná-los mais simples para mim, para que eu pudesse entendê-los um pouco. talvez seja pior, mas eu gosto de expor essa parte de mim também.

esse é só mais um discurso guardado em silêncio, de um momento ruim; só mais uma das tantas lamentações e desabafos em torno disso tudo. não mais reclamarei em voz alta, porque não adianta muito. talvez meus olhares e aparências já falem alto o suficiente, mesmo que ninguém pare para tentar assimilá-los, mas tanto faz. só quero - e preciso - escrever para não me sentir presa com sentimentos ruins. pode ser que o melhor mesmo seja deixar tudo abafado como forma de acabar com esse frio; mas escrever pode ser a maneira certa para aquecer um pouco aqui, sem abafar. ou talvez não, mas eu gosto do frio também.

...

não é que eu não me sinta amada nessas horas, eu não me sinto envolvida.
sei que alguma forma de amor existe, mas de que adianta existir se ele não é demonstrado da forma correta?
além disso, amor deveria ter a ver com sinceridade e cumplicidade. sempre.
mas não parece ser assim. eu acho que não tem sido assim.
e eu sinto muito mesmo por não conseguir mais aguentar.
sinto muito por mim.

(talvez eu já esteja superando essa parte dos meus dias frios; não é tão difícil assim, não tem sido tão doloroso como pensei que pudesse ser.)

domingo, 9 de maio de 2010

pela metade (diasfriosparte5)

Tenho gostado de sentir minhas lágrimas tristes rolarem. É, é mesmo antagônico e depressivo demais.
Parece que eu tenho gostado de sofrer. É como se somente assim eu pudesse encontrar um sentido para tudo, como se isso me completasse de certa forma. Essa tem sido minha única saída, aparentemente.
Afinal, se não existirem minhas frustrações e decepções, que mais haverá aqui por dentro? Vazio não quero ter. Não quero um poço sem fundo em mim.
Acho que prefiro não segurar choro, não enxugar as lágrimas, e deixá-las caírem. Todas elas.

Não quero ser triste. Quero voltar a ter ao menos um pouco do brilho que eu tinha guardado no peito. Mas tudo está ofuscado. Meus olhos embaçam de novo. Meu brilho sumiu...
Pausa.

O que é a minha paz, afinal? Amor? Sonhos?
Eu tenho vários tipos de amor, eu amo de várias maneiras. Mas falta algo... Provavelmente aquele amor, que está em algum lugar por aí, que move tudo ao nosso redor, e que eu nunca senti de verdade. Eu sinto falta dele; por mais estranho que isso seja, sinto saudade desse amor que nunca tive.

Terrível. Esperar por algo imprevisível. Mais um tempo cheia de sentimentos tristes. Mais lágrimas que preenchem um buraco escuro.

Meus sonhos continuam aqui, no vazio imenso. Tenho metade da paz, porque os sonhos me confortam algumas vezes. Porém, outras tantas, eles me frustram mais e a paz perde a disputa com o espaço triste que tenho. O vazio vai tomando conta, me preenchendo, juntamente com um pouco mais de tristeza.
É um ciclo que vem me atormentando?


Nada nunca será completamente bom, eu já sabia disso. Mas eu quero um coração menos apertado.
Quero ter o que me complete, mas não qualquer sentimento. Não quero que essa seja a tal saída para que eu me sinta preenchida.
Eu quero um complemento bom de verdade aqui dentro. Quero (e preciso de) uma porta principal e não uma de emergência.
Só isso.


quarta-feira, 5 de maio de 2010

.

metades paradoxais me formam e me transformam;
me deixam assim, tão eu e tão fora de mim.

terça-feira, 4 de maio de 2010

egoísmo.

assistir. é só o que posso fazer.
é só o que quero fazer.

seus erros e acertos sempre foram amenizados, analisados e até julgados por mim.
eu acho que sei separar tudo isso. mas, ainda que eu saiba, não quero mais estar no meio de nada. não quero mais me sentir obrigada a ajudar. e nem sempre vocês querem isso, eu sei; nem sempre vocês querem saber do meu pensamento "sensato demais".
mas eu sou assim, é sem querer. porém hoje não serei, talvez amanhã também não;
e, dessa vez, de propósito.
eu não quero me preocupar com seus jogos confusos e exagerados. cansei.

é difícil, mas me controlo para viver por outro rumo; outro sentido, quem sabe... preciso encontrar minha paz; viver por mim.

continuo aqui, sempre. mas não entro no jogo.
não por agora. não mais.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

dias frios, parte 4

eu não sou mais a mesma. e a culpa não é totalmente minha. porque são os outros que me fazem acreditar, cada vez menos, em tantas coisas... e eu queria que pudessem me fazer acreditar em tudo de novo.
mas talvez seja melhor assim, a gente fica alerta para a vida. porque, afinal, a vida é uma merda. aliás, a vida não, as pessoas que fazem parte dela são uma merda.

espero que, um dia, eu seja realmente especial para alguém. e espero que eu saiba disso.
espero que, um dia, alguém acredite completamente em mim, sem mais, nem menos. sem nada em troca.
espero que, um dia, alguém me considere o complemento ideal. espero que, um dia, alguém me complete.


é isso.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

dias frios, parte 3

Por mais que o sol volte a aparecer lá fora, dentro de mim não tem parado de chover.

terça-feira, 20 de abril de 2010

dias frios, parte 2

Tudo muito à flor da pele... Estamos supervalorizando tudo... E tanto. Onde foi parar a paz? Ou será que nunca houve paz?...
Era tudo falso?!

Hoje os sentimentos estão tão intensos, que poderiam ser dias quentes. Mas não são. Eles são dias frios e tristes. Qualquer pequena coisa forma nuvens escuras. É por isso que estou tão descrente.

No fundo, eu sei que muita coisa sempre foi mentira. Mas eu ainda tinha alguma esperança, afinal os sentimentos bons sempre existiram, de certa forma...
Mas desisti de acreditar. Aliás, o problema é que não consigo mais acreditar.
Não sinto reciprocidade... Para quê, então, continuar?



segunda-feira, 12 de abril de 2010

dias frios.

era mesmo para ser assim?
...

e quando o melhor para um estraga o que é melhor para o outro? o que fazer?
e se o melhor for, na verdade, o pior?

mas e quando nem mesmo se sabe o que é o melhor?

sexta-feira, 9 de abril de 2010

incompleto.

Eu não vou mudar por você não aceitar o meu jeito. Ou não aceitar que eu não seja como você.

...

Eu nunca terminei esse texto. Talvez porque ele seja previsível demais. Ou porque foi um pequeno momento de raiva, que já passou.

Cansei um pouco de mim. Não tenho muita graça. Não uso muitas palavras diferentes, nem escrevo sobre coisas muito variadas. Eu acho.
É isso que sou, completamente? Só o que escrevo?
Talvez não.

segunda-feira, 29 de março de 2010

desabafo

Dói muito perceber que perdi você sem nunca ter tido.
Dói muito perceber que tudo não passou de um sonho...
De que um dia você estaria na minha vida de verdade: corpo e alma.
E coração.

Dói demais saber que minha dor não importa;
não é vista, sentida ou compartilhada.

Sinto-me só como nunca me senti antes.
Isso dói ainda mais.


Me sinto ridícula por estar sentindo isso. E também por estar escrevendo sobre isso, mas eu preciso.
Eu tenho que tirar isso de mim.

sexta-feira, 26 de março de 2010

devaneio.

- ... E o que você vai fazer agora?
- Não sei. Eu sempre tive cabeça e sentimentos muito equilibrados, mas a vida não está em sintonia comigo. Por mais que uma parte de mim fique alegre com algo, ou esteja bem decidida e tranquila em relação a alguma coisa... Vai ter um outro lado, triste e desiludido com a vida.
- Que drama.
- Eu sei.
- Você quer descobrir um sentido para a vida...
- E quem não quer?
- Eu.
- Você nem existe.
- Talvez o sentido que você tanto procura não exista, assim como eu.
- É, o fato de você não existir deve ser o motivo de você "saber" tanto da vida.
- Sim. É isso mesmo.
- ... Eu fui irônico.
- Eu também fui... Olha só, a verdade é que você esquece de viver enquanto tenta achar um equilíbrio para a vida.
- Equilíbrio que também não existe, não é?
- Talvez exista.
- Você me confunde.
- A vida é confusa. Você quer equilibrar tudo e acaba equilibrando nada.
- Queria um manual.
- Para quê?
- Para que eu conseguisse ver a consequência dos meus atos; que eu pudesse ver se vale a pena sonhar e idealizar tanto...
- Por que não valeria a pena?
- Porque se os sonhos não vão se realizar, de que adianta sonhar?
- Sonhar é também viver!
- Eu sonho muito...
- Poderia significar que você vive de verdade. Mas não é o seu caso. Até porque você não sabe sonhar. Você quer mesmo é prever o futuro. Isso é impossível.
- Eu sou muito ansioso. Crio expectativas demais em torno dos sonhos. Eu só queria saber escolher certo meu caminho... Se devo seguir mais pelo lado dos meus sonhos ou pelo outro lado...
- Não crie expectativas e não tenha medo das escolhas. Você pode errar.
- Aaah... Muito fácil falar!
- Eu sei. Por isso falei.
- Você não serve para nada mesmo.
- Nem você.
- ... Eu sei. Nem para viver.
- Tá. Então morra.
- Morrer deve ser mais fácil. Mas eu não quero.
- Você tem medo?
- Não, eu só não quero. Na verdade eu tenho medo de viver mesmo. Idealizo muito, sonho... Às vezes tenho todas as escolhas em mim, mas tenho medo. Não tenho certezas e...
- "Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar", como diria Shakespeare.
- É verdade mesmo. Mas e se as escolhas nos levarem a conquistar os males, e não as coisas boas? Não dá para prever.
- Lá vem você de novo, querendo ser vidente.
- Ah! Então não fique aqui. Não me ouça mais.
- Tudo bem... Tchau.
- Não, não vá!
- Eu vou sim. Vou viver.
- Então vá. Mas... volte.

domingo, 21 de março de 2010

Nada de nada.

Tenho todos os rascunhos de tantas épocas e momentos, porém nada se encaixa mais no momento de agora. Não quero mais que nenhum dos rascunhos se tornem definitivos e não há algo novo para escrever, de tão parada que a vida está.
Continuo querendo mais vida. Parece que não existe nada aqui.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Não quero a realidade. O real é mais assustador, é imediato; o real está aqui, na minha cara, e eu não posso adiar nada do que ele me traz... E ele não me satisfaz, não é o que eu quero. Mas meu coração, muitas vezes, me diz que é isso que eu tenho e não tem jeito.
É como se não me restasse outra opção, a não ser aceitar o que a realidade me deu. Eu não entendo como meu coração me mostra isso, se ele não quer que as coisas sejam assim. Talvez seja meu lado racional que está confundindo os meus sentimentos, se misturando a eles.

Meu mundo anda meio sem cor, sem vida. Quando isso vai passar?
Como isso vai passar?

Somos nós que fazemos nosso destino mesmo?

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Tudo tão instável... Nada se encaixa muito bem. Meus sonhos e desejos ficam cada vez mais longe de uma concretização, mas eu ainda os quero por perto. Não quero perder a esperança. É como se eu ficasse incompleta sem sonhar.
Queria caminhos abertos, portas e passagens para que tudo saísse de acordo com a minha vontade. Se o que eu quero é realmente certo, eu não sei; não sei se é o melhor para mim. Mas, no momento, é o que me parece. Talvez a gente sempre ache que nossas vontades estão corretas, por querer tanto que elas aconteçam...

E o que eu quero? Quero uma parte do meu passado recente de volta. Quero que minhas utopias atuais sejam reais.
Sei que esse não é o melhor momento para querer tanto e sonhar tanto. Esse é um ano especial, como todos dizem. É o ano da maior tensão da minha vida, sem dúvida alguma. Mas eu quero e não consigo controlar. Eu quero, eu fantasio, eu idealizo. Eu sou assim mesmo: consigo ser feita de sonhos e estar nas nuvens, ao mesmo tempo que tenho os pés no chão. Mas será que conseguirei manter-me fincada?

Isso é mais uma fase que vai passar? E tudo vai mudar de novo e voltar ao "normal"? E se mudar, será mesmo melhor?

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

"com o mundo nas costas e a cidade nos pés..."

"E deixemos de coisa, cuidemos da vida,
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço, sem ter visto a vida."
(Cecília Meireles, a sábia)

Por que dar tanto valor às coisas fúteis e efêmeras? Em que essas coisas nos acrescentam, afinal? Em nada.
Não entendo essa nossa mania de superlativar todos os problemas bobos - que, no fundo, sabemos mesmo que são pequenos, comparados a tantas coisas que acontecem no mundo - e esquecer de viver de verdade. A gente nunca percebe que as pequenas complicações da vida são parte de uma fase, que logo vai embora...
Eu tento muito passar essa observação sobre a vida para os que estão ao meu redor... Mas é difícil, as pessoas têm sido tão extremistas e complicadas; sinto-me até mesmo impotente, sem poder ajudar os outros, porque eles raramente enxergam que a vida não é só isso e que não há motivos para se importar tanto com coisas bobas, já que "daqui a pouco" vai passar.

Pra quê sofrer, se nada é pra sempre? Pra quê chorar, se amanhã tudo muda de novo?

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

vidas entrelaçadas

No fundo, bem no fundo, eu queria levar um pouco da sua vida... Ter alguns dos seus momentos... Sei que tem algo de bom. Algo em mim se identifica muito com seu jeito de viver.
Eu não gosto dos seus hábitos, da sua irresponsabilidade, das dores de cabeça que você nos causa. Mas eu sei que você vive cada momento intensamente. Eu queria saber fazer isso, pelo menos um pouco; não é preciso ser uma pessoa sem escrúpulos, assim como você, para ter um pouco de liberdade na vida. Queria que você entendesse isso. Desejo todos os dias que você, finalmente, aprenda com todas as quedas que já teve. Você tem sorte por sempre conseguir se levantar... Mas até quando a sorte estará ao seu lado?
Talvez eu pudesse te ensinar um pouco do que é certo - um pouco do mundo real - e você poderia me mostrar um pouco de sua vida também. Seria bom.
Eu tenho a mente aberta para o que você pode me mostrar (a parte boa, é claro)... Mas você não parece estar disposto a aprender a crescer um pouco comigo. Isso é irônico, porque você já é bastante crescido e não deveria precisar amadurecer.

Sua vida realmente não tem freio.

domingo, 24 de janeiro de 2010

"O amor é o ridículo da vida"

Tantas paixões platônicas. Infantil demais.
Pessoas de verdade, que, muitas vezes, não vai poder sequer tocar. Não é burro e doloroso o suficiente para desistir?
Se fosse fácil esquecer...
Troca de olhares indecifráveis. Olhares que não transparecem nada exatamente.
Toda essa utopia que até mesmo cansa.
Pelo menos um desses sonhos poderia ser real (sim, esse que tem sido tão corrosivo).
Ter um "amor real" é mais um sonho complicado.
É como se nunca fosse dar certo.
Se desse tudo certo, finalmente não haveria a necessidade de sonhar... Deixar de sonhar faz bem?



Nada nunca é completamente bom. A felicidade nunca é completa.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Mentira branca (Marina Patiri)

Decidi postar palavras de uma amiga com a qual tenho grande identificação, principalmente quando escrevemos sobre temas como esse do texto.

Nota pessoal: tenho acreditado muito na distância. E quero que fique assim, pelo menos por enquanto.

"Toda essa curiosidade que você tem.

Eu não gosto de me explicar.
Toda essa intensidade, que não se consegue explicar.
Será que existe alguma razão pra viver assim?
Toda essa meia verdade com que temos nos enganado.
Aprendemos a aceitar.
Toda essa imensa vontade, que não se sabe saciar.
Acredito na distância."

(Falhas, rupturas pensativas)

sábado, 16 de janeiro de 2010

Estranho ver como as coisas foram diferentes para mim... Como os sentimentos que tenho em relação ao ano que passou são muito mais positivos do que os que as pessoas com as quais convivi têm... Por quê?
Eu achava que estávamos em uma sintonia melhor, mas parece que não. Não consigo entender.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Mais um ano...

Um ano inteiro se passou. Está cada vez mais perto o momento em que tudo que tenho aprendido na vida será posto a prova.
Aliás, tudo está cada vez mais perto. Posso ver a cara da vida de perto. Posso enxergar quase todas as imperfeições da cara da vida; posso alcançar o fio de cabelo que está fora do arco da sobrancelha da vida, mas não consigo arrancá-lo, nem usando uma pinça bem fina. Ele continua lá. E o resto também: a acne, o óleo, as marcas do tempo... Não posso mudar nada, porque não conheço todos esses defeitos muito bem; ainda há muito para viver e conhecer. E entender. Passará mais um ano, ou dez... ou vinte! E talvez eu nunca consiga conhecer tudo. Não se pode desvendar todos os caminhos - imperfeitos ou não - da vida.
E, para falar a verdade, não quero conhecer tudo isso. Apenas quero saber do que realmente importa para que eu aprenda a viver... Nem todos os males me ajudarão a viver. E há também tantas belezas juntamente a essa cara suja da vida... E é essa parte que eu quero conhecer de verdade. Isso sim eu quero ver e entender. Seus olhos e seu sorriso intensos; às vezes nem tão bonitos, mas tão reais e vivos... Tão deslumbrantes.
Mais um ano, ou dez, ou vinte... Não importa. Que venham mais novos anos, com novas verrugas, rugas e espinhas; mais sorrisos e mais brilho. Mais vida, enfim.

Que tenhamos, então, felizes anos novos. Sempre.

Ano novo, vida nova?

Hoje não é o único dia para tentar algo novo, para recomeçar, renascer... A transição não é desculpa para fazer promessas - que muitas vezes não serão cumpridas. O fim do ano não é justificativa para se tornar uma pessoa melhor, ajudando os outros, fazendo o bem.
Todo dia é dia. Toda hora é hora. E a melhor hora é agora (tenho me esquecido disso).

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Acho que nunca senti essa saudade... É muito, muito estranho.
As férias sempre foram como uma passagem alegre da minha vida, eu esquecia de (quase) tudo vivido durante o ano e só vivia o presente. Mas hoje não, hoje eu quero voltar.
Hoje eu quero abraçar todos com os quais convivi... Aliás, até mesmo os que não convivi, por falta de oportunidade; quero abraçar todos com os quais quero conviver - e vou - daqui a alguns meses.

Sinto saudade do que vivi, do que não vivi e do que viverei.