domingo, 28 de fevereiro de 2010

Não quero a realidade. O real é mais assustador, é imediato; o real está aqui, na minha cara, e eu não posso adiar nada do que ele me traz... E ele não me satisfaz, não é o que eu quero. Mas meu coração, muitas vezes, me diz que é isso que eu tenho e não tem jeito.
É como se não me restasse outra opção, a não ser aceitar o que a realidade me deu. Eu não entendo como meu coração me mostra isso, se ele não quer que as coisas sejam assim. Talvez seja meu lado racional que está confundindo os meus sentimentos, se misturando a eles.

Meu mundo anda meio sem cor, sem vida. Quando isso vai passar?
Como isso vai passar?

Somos nós que fazemos nosso destino mesmo?

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Tudo tão instável... Nada se encaixa muito bem. Meus sonhos e desejos ficam cada vez mais longe de uma concretização, mas eu ainda os quero por perto. Não quero perder a esperança. É como se eu ficasse incompleta sem sonhar.
Queria caminhos abertos, portas e passagens para que tudo saísse de acordo com a minha vontade. Se o que eu quero é realmente certo, eu não sei; não sei se é o melhor para mim. Mas, no momento, é o que me parece. Talvez a gente sempre ache que nossas vontades estão corretas, por querer tanto que elas aconteçam...

E o que eu quero? Quero uma parte do meu passado recente de volta. Quero que minhas utopias atuais sejam reais.
Sei que esse não é o melhor momento para querer tanto e sonhar tanto. Esse é um ano especial, como todos dizem. É o ano da maior tensão da minha vida, sem dúvida alguma. Mas eu quero e não consigo controlar. Eu quero, eu fantasio, eu idealizo. Eu sou assim mesmo: consigo ser feita de sonhos e estar nas nuvens, ao mesmo tempo que tenho os pés no chão. Mas será que conseguirei manter-me fincada?

Isso é mais uma fase que vai passar? E tudo vai mudar de novo e voltar ao "normal"? E se mudar, será mesmo melhor?

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

"com o mundo nas costas e a cidade nos pés..."

"E deixemos de coisa, cuidemos da vida,
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço, sem ter visto a vida."
(Cecília Meireles, a sábia)

Por que dar tanto valor às coisas fúteis e efêmeras? Em que essas coisas nos acrescentam, afinal? Em nada.
Não entendo essa nossa mania de superlativar todos os problemas bobos - que, no fundo, sabemos mesmo que são pequenos, comparados a tantas coisas que acontecem no mundo - e esquecer de viver de verdade. A gente nunca percebe que as pequenas complicações da vida são parte de uma fase, que logo vai embora...
Eu tento muito passar essa observação sobre a vida para os que estão ao meu redor... Mas é difícil, as pessoas têm sido tão extremistas e complicadas; sinto-me até mesmo impotente, sem poder ajudar os outros, porque eles raramente enxergam que a vida não é só isso e que não há motivos para se importar tanto com coisas bobas, já que "daqui a pouco" vai passar.

Pra quê sofrer, se nada é pra sempre? Pra quê chorar, se amanhã tudo muda de novo?