domingo, 23 de novembro de 2014

sempre houve um muro. talvez três muros: cada mundo tinha sua fronteira e não queria rompê-la, as fronteiras se estenderam em um forte cheio de estratégias de defesa. vez ou outra era possível enxergar através do muro, por pequenos buracos, e perceber interesse e curiosidade. vez ou outra um dos mundos sentia-se leve e ia quebrando um pedacinho da sua fronteira... mas nunca houve uma revolução que derrubasse tudo, causando o encontro total dos mundos. esse contato seria arriscado, geraria conflitos, revelaria medos e segredos. mas, por outro lado, em algum momento poderia vir a se tornar uma relação de identificação e paz.
certo dia, uma ventania passou em apenas um dos mundos, derrubou a fortaleza que o envolvia e arrastou tudo pra longe, pro universo, pro vazio... pro perdido. separou de vez os dois lados desse jogo impossível.