sábado, 31 de dezembro de 2011

Resumindo tudo:

um sonhador que se acomodou com seus sonhos e parece se esquecer de agir.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Esse mundo não vale o mundo, meu bem.

Não preciso dizer nada... Isto aqui diz muito.


sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

é só o começo do fim da nossa vida

Eu nem lembro se vivi. 
Parece que o tempo passou e eu fiquei... Ainda que eu tenha sentido as mudanças, a vida seguindo, eu parei. 
Só consigo lembrar da vida que existia quando havia aquele algo a mais em mim. Eu sentia que tudo fazia mais sentido. Mas agora, pensando bem, algo me deixou cega e eu não via que estava presa no "algo a mais" mais complicado e sem sentido que existe. 
Acho que foi uma forma de viver mais, para ter mais alguma emoção na vida, que estava tão morta. 
... A ideia era amar direito. Sofrer, com isso e por isso, foi consequência da prisão, da cegueira, quem sabe... Não sei muito bem o que culpar. 
Eu sempre faço de tudo para acreditar que tudo acontece porque tem que acontecer, porque a gente passa por alguns sofrimentos para aprender com eles. Eu aprendi com a vida a acreditar nisso. 
Tenho lições guardadas de tantas inconstâncias do que "vivi" e, por isso, talvez eu tenha vivido de verdade. Não do jeito que eu queria, mas, pelo menos, levo algo comigo. Pensando um pouco por esse lado, talvez faça sentido o que passou. 
Quando eu olho para trás, tudo parece em vão... E eu vejo que não me movi, que eu não lutei por nada que valesse a pena. Eu vejo que perdi muito tempo parada, presa e perdida em mim mesma - e em você. 
Por mais que tudo isso me faça ficar ainda mais desestabilizada, sabendo que o futuro é tão incerto quanto o que já passou, eu tenho que continuar acreditando que dá para ir em frente e fazer um caminho certo. Eu vivo para aprender a construir esse caminho. 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Are you afraid of being alone? 'Cause I am.

"Você tem tanta vontade de chorar, tanta vontade de ir embora. Para que o protejam, para que sintam falta..."

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

I'm not the same kid from your memory

Odeio vaidade exarcebada, que faz a pessoa se colocar como superior aos outros. 
Reparei que algumas vezes essa vaidade pode ser forçada, como forma de tentar criar auto-confiança. Acho que é exatamente por isso que, nesses casos, a vaidade transborda. E uma real confiança acaba nem existindo de verdade. Que contraditório, não? Por trás de tudo há uma insegurança tão grande e a superioridade gerada é tão frágil que qualquer coisa, como dizer "você está errado", destrói o muro da pseudoauto-confiança (nossa!). 
É normal tentarmos construir falsas proteções ao nosso redor. Achamos que assim ficamos menos inseguros... Como quando decidimos não nos entregar logo "de cara" a um novo relacionamento, com medo de algo dar errado. 
Mas a "farsa" que comecei falando é algo a mais, é querer se proteger e acabar em um nível que, de tão "superior", é inferior. Sim, porque se sentir maior que as outras pessoas, para mim, é algo menosprezante. Nada justifica esse comportamento, não importa o quão complexo você seja (ou esteja), todas as inseguranças que te levaram a esse ponto de "proteção". 
Ser esnobe faz parte de uma ausência de virtudes, de alguém com mente pequena (inferior, enfim)... Chega a ser um grande desvio de caráter. Respeitar já é um enorme passo para ser alguém, para chegar em algum lugar. Afinal, você alcança a confiança dos que estão ao seu redor. E então, vem reciprocidade: há o respeito mútuo e pronto. Eu acho que é assim que dá certo. E se a gente tem respeito e confiança das pessoas, acho que dá para construir melhor uma real auto-confiança... Bom, talvez esse ciclo tenha que ser inerente a algumas pessoas mesmo. Acho que quem não for assim, não tem muito jeito para mudar. Por isso que o mundo é o que é, formado por tantos iguais a você
... E eu só fui refletir melhor sobre isso agora. Na verdade, eu só abri meus olhos agora. Fico com raiva de mim... Mas chego a sentir pena de você.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

deixa eu pintar o meu nariz

Às vezes sinto falta de mim. Não sei muito bem do que sinto saudade, afinal, eu nunca soube exatamente quem eu era - e sei muito menos agora. Sempre soube quem eu queria ser, as mil vidas que queria plagiar.
Hoje, o que eu sei é que eu tomaria banho nessa chuva, e levaria você junto comigo. Hoje eu voltaria a ser um pouco de mim, se não me sentisse presa e regulada até nisso - até para rir. Até para brincar de ser feliz.
É como se antes eu pudesse ser mais "eu", ou um pouco de cada alma que quisesse ser. Deve ser isso que me faz falta: ser livre assim. Mesmo que eu não fosse nada por inteiro, eu, pelo menos, tentava ser. Mesmo que eu tivesse muitas dúvidas, contrastes, contradições e conflitos, por conta de tantas vidas diferentes que brotavam em mim... Ainda assim, eu era muito mais "alguém".
Não é que eu não esteja bem. Mas, às vezes, eu não me encontro.
Ou talvez eu tenha me encontrado e esteja tudo tão em rotina e tão "eu", que eu sinta falta das minhas almas rondando, assombrando, encantando...

Mas agora o que eu mais preciso é me desprender de coisas do passado que não valem a pena, quebrar qualquer rotina e procurar saber aonde vou daqui para frente. Enfim, eu preciso me achar de verdade.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Moça, olha só o que eu te escrevi...

"(...) A gente sempre acha que é especial na vida de alguém, mas o que te garante que você não está somente servindo pra tapar buracos, servindo de curativo pras feridas antigas?
A moça... Ela muito amou, ama, amará, e muito se machuca também. Porque amar também é isso, não? Dar o seu melhor pra curar outra pessoa de todos os golpes, até que ela fique bem e te deixe pra trás, fraco e sangrando. Daí você espera por alguém que venha te curar. Às vezes esse alguém aparece, outras vezes não. E pra ela? Por quem ela espera? 
E assim, aos poucos, ela se esquece dos socos, pontapés, golpes baixos que a vida lhe deu, lhe dará. 
A moça - que não era Capitu, mas também tem olhos de ressaca - levanta e segue em frente. Não por ser forte, e sim pelo contrário... Por saber que é fraca o bastante pra não conseguir ter ódio no seu coração, na sua alma, na sua essência. E ama, sabendo que vai chorar muitas vezes ainda. Afinal, foi chorando que ela, você e todos os outros vieram ao mundo."

É preciso força pra sonhar e perceber que a estrada vai além do que se vê.