domingo, 4 de janeiro de 2015

desculpa o amor

Para o fim e o (re)começo, primeiramente (ou somente) peço desculpas a mim mesma. Pelos retornos que não dei. Pelos nãos que precisei dizer. Pelo que concordei e acatei sem querer. Pelos dias procrastinados e descomprometidos. Pela falta de iniciativa para conseguir dias melhores. Por esperar demais sem agir.
Desculpas pelos abraços e sorrisos não concedidos (e muitas vezes sufocados). Pelas palavras não proferidas e olhares desviados. Pela resistência ao novo e desconhecido. Por não tentar mais uma vez e pelo sim não dito. 
Enfim, lamento os desencontros que o acaso e as escolhas (principalmente) causam. Para além, espero encontros verdadeiros. Nada vai mudar muito porque acertar é bem difícil, mas um dia a gente aprende a, pelo menos, aprender direito.

tonto mar

estou pequena, perdida e zonza.
porque você dominou meu raio de existência 
perto ou longe daqui.
meu espaço não existe, estou sufocada e presa.
cheia e cansada de você e das ondas que sobraram, 
em todos os cantos e sentidos. 
vazia de mim.