domingo, 24 de maio de 2009

pra uma outra vida 2

Eu queria ter a vida de uma artista qualquer, não muito bem sucedida. Queria ser uma intelectual, jornalista (das reais, e não aquelas que são só imagem na tv), filósofa, socióloga, atriz (das reais também), pintora, música, escritora, qualquer coisa desse tipo. Acho que pessoas assim são muito mais interessantes, são felizes porque fazem o que gostam, e nada mais importa. Essas pessoas não se acomodam, revolucionam... Eu queria saber ser assim.
Eu gostaria de fazer muito mais, e não simplesmente viver, assim, sem agir; fazer alguma coisa para mudar o mundo, quem sabe. Eu queria ser muito mais; ser mais viva, mais solta, mais ousada, mais corajosa, mais atuante... Ser jazz, blues, rock, prosa e poesia. Queria saber ser mais eu mesma.

Queria ser livre. E ser feliz assim.

(In)gratidão

Sim, faça salada para mim. E esquente essa comida que, na verdade, não quero. Não que eu não goste de catado de siri, eu amo. Mas hoje não quero. Pelo menos é melhor do que hamburguer congelado. Quando a gente vê o hamburguer congelado ele parece grande e até comestível, mas quando esquentamos ele fica pequeno, fino e estranho. Não, não gosto de hamburguer congelado para almoçar, mesmo que você coloque mil coisas junto a ele dentro do pão. Então eu aceito a outra opção. Salada, arroz e catado de siri. Não me apetece em nada comer isso hoje, mas tenho fome.
Você tenta de tudo para me deixar bem, eu sei. Tenta me convencer a comer um "apetitoso 'x-tudo' que você vai preparar", ou a massa sem graça de sempre com frango assado. A comida típica de domingos. Odeio. Odeio isso sempre. Acho que esse é um dos motivos de eu odiar domingos.
Não quero parecer chata, infantil e ingrata. Não sou assim. Mas é inevitável agir assim, às vezes. Sei que antes de reclamar de tudo que não gosto tenho que pensar que pelo menos tenho o que comer, e no quanto meus pais trabalham para me dar essa comida "não querida" por mim; no quanto eles se esforçam para tentar me deixar satisfeita... E ao mesmo tempo em que explodo, me sinto uma criança boba reclamando, e penso em tudo isso. Porque por mais que o almoço não esteja nas minhas devidas vontades e por mais que isso me deixe com uma raiva infantil, incontrolável e estranha, quando ouvi minha mãe, zelosa e preocupada em me fazer feliz (mesmo que com tão pouco), perguntar: "Quer uma saladinha também, Rafa?", eu caí na real. Eu percebi que não importa o quanto eu odeie hamburguer congelado no almoço, e o quanto eu não queira comer catado de siri hoje. Eu aceito a saladinha, mãe.


Eu sou muito grata por ter tudo que tenho - desde a comida na mesa até essa mãe maravilhosa.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

pra uma outra vida

Eis aqui a vontade de se viver outra vida.
Vê passar aquelas pessoas que têm outro estilo, vivem de outra forma... Sente uma grande afinidade com calças folgadas, cabelos despenteados, sandálias baixas, tênis all star largados... Talvez tudo isso forme apenas uma carapaça, mas que mostra uma vida mais despreocupada, mais leve, enfim. Parece que esse estilo denota mais atitude, e mais sabedoria até. Eis aqui o porquê de querer viver essa vida. Às vezes parece que seria a cura para todos os seus anseios e complicações.
Será mesmo que existe vida após a morte?

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domingo, 17 de maio de 2009

quem sabe se eu tivesse tomado caminhos diferentes... eu gostaria de saber como seria agora.