sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

"com o mundo nas costas e a cidade nos pés..."

"E deixemos de coisa, cuidemos da vida,
Pois se não chega a morte ou coisa parecida
E nos arrasta moço, sem ter visto a vida."
(Cecília Meireles, a sábia)

Por que dar tanto valor às coisas fúteis e efêmeras? Em que essas coisas nos acrescentam, afinal? Em nada.
Não entendo essa nossa mania de superlativar todos os problemas bobos - que, no fundo, sabemos mesmo que são pequenos, comparados a tantas coisas que acontecem no mundo - e esquecer de viver de verdade. A gente nunca percebe que as pequenas complicações da vida são parte de uma fase, que logo vai embora...
Eu tento muito passar essa observação sobre a vida para os que estão ao meu redor... Mas é difícil, as pessoas têm sido tão extremistas e complicadas; sinto-me até mesmo impotente, sem poder ajudar os outros, porque eles raramente enxergam que a vida não é só isso e que não há motivos para se importar tanto com coisas bobas, já que "daqui a pouco" vai passar.

Pra quê sofrer, se nada é pra sempre? Pra quê chorar, se amanhã tudo muda de novo?

2 comentários:

Essência e Palavras disse...

Adorei seu espaço. Seus versos são ternos... sensível.
Sim. Somos reticencias, estamos sempre em construção.

Adorei.
To seguindo-te .

beeejo

Rafaella disse...

Ah, muito obrigada mesmo :) Vou te seguir também.