sábado, 27 de junho de 2009

Pós-São João.

Festas me preenchem só momentaneamente... Porque eu sei que nada disso combina comigo, que eu não tenho nada que ver com toda essa adolescência tão fútil, sem conteúdo. Sem querer parecer metida com o meu modo de ser, até porque, hoje em dia, minha "profundidade" não é assim, tão valorizada. Ela é tida como "estranheza", como se eu realmente não fosse desse mundo, desse tempo (o que eu já me convenci que é verdade mesmo)... Mas é claro que eu não vou deixar de me integrar com as pessoas que amo, simplesmente porque (quase) nada desse "mundo jovem" me completa. Eu curto com elas o máximo que posso, porque é a forma que tenho para estar próxima; e é por isso que curto do jeito delas... E, além disso, o que eu gosto dessas épocas de festa é a alegria despreocupada das pessoas; da falta de compromisso e de horário; da falta de rotina; de conhecer gente nova... Enfim, eu gosto de inovar, de ser um pouco diferente (e, assim, parecer mais normal para os padrões, e me sentir um pouquinho mais incluída).
Mas eu sinto falta do são joão de quando eu era criança, no interior... Eu acho muito mais interessante aquele velho forró pé de serra, aquela fogueira do lado de fora da casa - apesar da fumaça que fazia a asma atacar -, as portas das casas abertas, e, dentro delas, uma mesa repleta de comidas típicas que minha avó fazia. Também tinham os fogos coloridos e reluzentes, que se movimentavam de várias formas diferentes... Sempre aparecia um que eu queria testar e implorava para minha mãe comprar... Era muito divertido e tenho saudade... Também gosto desse tipo de felicidade, infantil, meio inocente... Ainda há um pouco (ou muito) disso dentro de mim.


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